terça-feira, 15 de abril de 2014

Novo implante faz pacientes paraplégicos moverem suas pernas de novo

Técnica que utiliza eletrodos produz estímulos elétricos que permitem que pessoas paralisadas da cintura para baixos possam mover pernas e dedos outra vez.
Novo implante faz pacientes paraplégicos moverem suas pernas de novo




Fonte da imagem: Reprodução/YouTube (New Scientist)

Uma técnica pioneira desenvolvida recentemente utiliza implantes elétricos na espinha de pacientes paralisados e pode ajuda-los a mover suas pernas novamente. Espera-se que, em breve, o implante possa até mesmo permitir com que eles possam andar mais uma vez, também.

A nova pesquisa — parte de um estudo de cientistas do Centro de Pesquisa de Danos na Medula Espinhal de Kentucky, entidade que integra a Universidade de Louisville — fez com que quatro homens de cadeiras de rodas, cujas pernas eram completamente paralisadas, pudessem se movimentar outra vez ao equipá-los com uma sustentação de eletrodos na região lombar no cordão espinhal. Esse é o dispositivo principal que faz um elo entre o cérebro e a medula.

Era esperado que através da estimulação correta, as pernas dos pacientes pudessem se movimentar novamente. A experiência funcionou e agora os quatro pacientes podem mover seus dedos e pernas — alguns, agora, podendo até mesmo levantar 100 kg com elas.

 

Como funciona

“O implante restaura o que, em pessoas saudáveis, seria a capacidade de descanso do cordão espinhal, a base de atividade elétrica que mantém o cordão alerta, mas que decai com a falta de uso em pessoas que são paralisadas”, diz Claudia Angeli, do centro de pesquisa.

“Uma vez que o ímpeto dessa base elétrica é restaurado artificialmente, o cordão acorda novamente e consegue registrar as ‘vontades’ de movimentação do cérebro, convertendo isso em movimentos refinados.”

Como você pode ver no vídeo acima, a coordenação presente ainda não é suficiente para fazer com que estes pacientes andem, mas esse é o próximo passo dos pesquisadores. Eles esperam que aumentando o número de eletrodos de 16 para 27, haja mais controle dos movimentos e que isso venha ajuda-los a andar de novo. Os cientistas estão no momento testando o novo dispositivo em animais.


Fonte: Megacurioso
 

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