domingo, 3 de agosto de 2014

Airbus testa modelo híbrido de avião e espaçonave

Quase três anos depois de ter apresentado o seu conceito de um avião hipersônico para turismo espacial, a Airbus revelou detalhes do desenvolvimento desse híbrido de aeronave e espaçonave.
A empresa divulgou fotos do "teste de queda livre" realizado com um protótipo de demonstração.

O projeto consiste na construção de um avião voltado para o mercado de turismo espacial, que poderá levar passageiros para um "tira-gosto" do ambiente de microgravidade, com duração de alguns minutos.
No teste, um protótipo em uma escala de um para quatro foi lançado de uma altura de 3.000 metros para fornecer informações sobre como o veículo de verdade poderá se comportar quando estiver retornando ao solo.

O teste de queda livre ocorreu ao largo da costa de Cingapura - o projeto está sendo apoiado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico daquele país.

Um helicóptero ergueu o modelo a partir de um navio e, em seguida, soltou-o da altura predeterminada.
Imagem: Divulgação
O protótipo de demonstração desceu controlado remotamente por um piloto a bordo do navio de apoio.

Nave executiva

Os dados agora vão alimentar os modelos de computador usados no projeto, ajudando a refinar o processo de design.

Ao contrário da bem conhecida nave espacial da Virgin Galactic, a versão da Airbus deverá decolar de uma pista normal utilizando motores a jato comuns - ele se parecerá em quase tudo com um jato executivo.

Somente quando o veículo atingir sua "altitude de lançamento" será acionado o motor foguete, que vai queimar uma mistura de metano e oxigênio, para completar a subida a pouco mais de 100 km.

Fonte: CIMM

Pesquisa da Ford e da Intel demonstra o futuro da personalização dos carros

À medida que os veículos se tornam uma parte integral da Internet das Coisas, a Ford e a Intel estão pesquisando novas oportunidades para o carro conectado, incluindo dar aos motoristas a habilidade de acessar remotamente seu carro usando um smartphone, ou um veículo que possa identificar o seu proprietário usando um software de reconhecimento facial.

O projeto de pesquisa conjunto, chamado de Imagem Interna Móvel, ou Projeto Mobii, explora como as câmeras voltadas para o interior podem ser integradas à tecnologia de sensores e aos dados já gerados dentro e em torno dos veículos para criar uma interação mais personalizada e sem falhas entre o motorista e o veículo, transformando a experiência de dirigir.

A pesquisa Mobii foi uma colaboração entre os etnógrafos, antropólogos e engenheiros da Intel e os engenheiros de pesquisa da Ford, e incorpora a tecnologia de computação perceptiva para oferecer uma experiência mais desfrutável e intuitiva nos veículos.
O software de reconhecimento de gestos habilita a interação intuitiva para o motorista.
Imagem: Divulgação/ Ford
“Nosso objetivo com a pesquisa Mobii é explorar como os motoristas interagem com a tecnologia dentro do carro e como podemos tornar esta interação mais intuitiva e preditiva”, disse Paul Mascarenas, chefe do departamento técnico e vice-presidente da Pesquisa e Inovação da Ford.

“O uso das imagens internas é puramente uma pesquisa até agora. No entanto, as informações que descobrimos nos ajudarão a definir a experiência dos clientes em longo prazo”.

A Ford agora usa as câmeras no exterior dos veículos para recursos de assistência ao motorista, como ajuda para se manter na faixa e aviso de mudança de faixa. A pesquisa Mobii analisa novas aplicações para as câmeras internas, incluindo a autenticação do motorista.

O uso do software de reconhecimento facial oferece melhores controles de privacidade e possibilita ao Projeto Mobii identificar diferentes motoristas e automaticamente ajustar as configurações com base nas preferências de cada indivíduo.

“Como líder e inovadora tecnológica confiável, a Intel entende os desafios que os fabricantes de veículos estão enfrentando e é uma parceira comprometida com essa oportunidade sem precedentes”, disse Doug Davis, vice-presidente do Grupo da Internet das Coisas da Intel.

“O Projeto Mobii é um ótimo exemplo da colaboração da Intel com a Ford para ajudar a fornecer uma experiência de pilotagem mais segura e conectada”.

Controles dos pais e de privacidade melhorados

Ao entrar no veículo, o motorista é autenticado pelo Projeto Mobii por meio de uma câmera apontada para o rosto que utiliza um software de reconhecimento facial.

A experiência dentro do carro é então personalizada para exibir informações específicas para aquele motorista, como calendário, músicas e contatos. Se o Projeto Mobii detecta um passageiro no carro, o modo de privacidade é ativado para exibir apenas a navegação.

Caso o Projeto Mobii não reconheça o motorista, uma foto é enviada para o smartphone do proprietário do veículo. O proprietário pode então enviar permissões e recursos específicos que devem ser ativados ou desativados.

Caso o motorista seja o filho do proprietário do veículo, por exemplo, as restrições podem ser carregadas automaticamente, como a uso obrigatório do cinto de segurança e o limite de velocidade, o volume do rádio ou o uso do telefone móvel enquanto dirige.

Uma combinação de gestos naturais com simples comandos de voz pode simplificar tarefas como aumentar ou diminuir a temperatura interna, ou abrir e fechar o teto solar enquanto dirige

Brasil participa da construção de um dos maiores telescópios do mundo.

O Brasil pagará US$ 40 milhões para garantir sua participação no Telescópio Gigante Magalhães (GMT, na sigla em inglês), um dos maiores telescópios do mundo que será construído no Chile por um consórcio internacional.

A participação, correspondente a cerca de 4% do valor do projeto, garante aos pesquisadores brasileiros 4% do tempo de operação do GMT, assim como uma cadeira no conselho do consórcio que operará o aparelho, informou a estatal Fundação de Apoio à pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp).

Os astrônomos brasileiros terão acesso a um telescópio que ampliará cerca de 30 vezes o volume de informações disponíveis atualmente para os telescópios em operação.
Animação do Telescópio Gigante Magalhães (GMT, na sigla em inglês).
Imagem: Divulgação/ GMT
O aparelho começará a ser montado em 2015 nos Sinos, um observatório nos Andes chilenos a 2.500 metros de altitude e próximo à Serena (norte do Chile), e entrará em operação plenamente em 2021.

O GMT, com 25,4 metros de diâmetro e uma área de coleta de luz 4,54 vezes maior à de qualquer outro telescópio atual contará com sete dos maiores espelhos ópticos projetados até hoje. Também terá  lasers para corrigir distorções induzidas pela atmosfera da Terra.

Com isso, será possível investigar a formação de estrelas e galáxias após o Big Bang, medir a massa de buracos negros; descobrir planetas em torno de outras estrelas semelhantes à Terra e estudar a natureza da matéria e da energia escura.

A participação brasileira no projeto poderá ser maior caso prosperem as negociações que a Fapesp adianta atualmente com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, afirmou o coordenador dos Centros de Pesquisa da Fapesp, Hernan Chaimovich, citado em comunicado.

"Há um grande interesse das duas partes para que pesquisadores de todos os estados do Brasil (não só de São Paulo) possam aproveitar o telescópio e se beneficiem das possibilidades abertas", afirmou Chaimovich.

A participação igualmente lhe dá direito a empresas brasileiras a participar das licitações para os contratos de desenvolvimento e construção do telescópio.

"O Brasil tem grandes empresas capazes de atuar em diversos setores do processo, da produção de peças mecânicas até a construção civil", segundo o representante da Fapesp.

O astrofísico João Evangelista Steiner, pesquisador do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), assegura que a participação no projeto lhe garante aos astrônomos brasileiros "estar na vanguarda por muitas décadas, com grandes oportunidades de descobrimentos cientistas".

De acordo com o especialista, o Brasil poderá aproveitar no GMT os conhecimentos acumulados em outros dois projetos nos quais a Fapesp também tem participação: o Gêmeos, os telescópios gêmeos no Chile e no Havaí operados por um consórcio internacional desde 2004, e o Soar (Southern Observatory for Astrophysical Research), que funciona igualmente nos Andes chilenos desde 2005.

Entre outros membros do GMT figuram as universidades do Arizona, Harvard, Chicago e Texas, a Astronomy Austrália Limited, a Australian National University, o Carnegie Institution for Science, o Korea Astronomy and Space Science Institute e o Smithsonian Institution



Fonte: CIMM